O mundo dos Investidores

Thiago Persi

Thiago Persi

Já discutimos o que são startups e como elas se diferem das demais empresas (Startups).  Vamos então conversar sobre o “melhor amigo” da startup, o investidor.

Investidores podem vir nas mais diversas formas e tamanhos. Mas estão associados ao ciclo de vida de uma startup [CVO]. Quando falamos de investidores não nos limitamos a grandes corporações, grupos de investimentos, ou investidores anjos. Nesse artigo vamos falar de alguns investimentos possíveis para diferentes estágios de vida de uma startup.

Dentro do primeiro estágio de vida de uma startup, dificilmente haverá investimentos de grande porte ou mesmo investimento algum. Nesse estágio o investimento mais comum vem do que chamamos de 3F: families, friends and fools (família, amigos e tolos). Aqui o investimento possui um aspecto mais apoiador do que realmente associado ao retorno financeiro. Isso, devido ao número de incertezas que a falta de validação do modelo de negócio e mercado geram, o que aumenta o risco do investimento.

Dentro do segundo e terceiro estágio, possuímos outro cenário. Aqui colocamos os dois estágios juntos porque, embora suas realidades sejam diferentes, os investidores são os mesmos e escolhem aceitar mais o risco em troca de maior retorno ou esperam mais validações. Os investidores nesse estágio são: investidores anjos, aceleradoras, crowdfunding, corporate venture e fundos de investimentos.

Os investidores anjos são pessoas físicas que buscam, por meio de investimento monetário sozinhos ou em associação, participação na empresa com o objetivo de ajudar empreendimentos com experiências próprias e networking para gerar resultados e desenvolver o produto, ou o serviço, gerando melhor posicionamento no mercado. Normalmente eles atuam de duas formas: apoio financeiro e estratégico. financeiro vai procurar altos crescimentos em receita e lucro exaurindo seu fornecimento de dinheiro em benefício do crescimento. Já o tipo estratégico vai procurar criar valor com o investimento existente para construir ativos ou capacidades que sejam atrativas para grandes companhias. Exemplos: Anjos do Brasil

As aceleradoras funcionam com um sistema de incubação, muito parecido com as incubadoras. Elas fornecem recursos físico, serviços de suporte a escritórios, acesso a capital, processos de suporte e serviços de networking. Diferente das incubadoras, as aceleradoras possuem um limite de tempo de incubação, que varia entre 3 a 6 meses. Além disso as aceleradoras assumem papel de share holders, mantendo para si parte da empresa com o intuito de vender de volta quando ela crescer. Exemplos: WOW aceleradoras

O crowdfunding é uma forma mais democrática de investimento. Feito exclusivamente pela internet, o crowdfunding funciona muito como a venda prematura da ideia ou produto com o objetivo de arrecadar fundos para o lançamento da marca. Aqui o investidor é o próprio consumidor, que enxerga na marca um potencial ou capacidade de suprir uma necessidade existente. Não existe negociação ou venda de parcelas da empresa o que dá aos sócios e fundadores maior poder de barganha quando negociar com outros investidores. Exemplos: kickstarter

Corporate venture são incubadoras de grandes empresas que buscam nas startups complementarem seus produtos ou desenvolverem novos negócios. Essas empresas veem nas startups a capacidade de gerar P&D de forma mais acessível e sem risco a marca, sendo assim muito do foco desse tipo de investidor startups de origem tecnológica (fintec). Dentro desse estilo existe distinção das práticas existentes no mercado como a cocriação citada acima ou a intraempreendedorismo que fomenta a criação de empresas, para a solução de problemas internos, por meio de seus funcionários.

Fundos de investimentos são os mais tradicionais meios dentro desta lista. Eles atuam como intermediários, investindo o capital de terceiros buscando gerar elevados ganhos. Normalmente os fundos equilibram riscos e ganhos ao analisarem possíveis investimentos, o que não facilita a situação de startups que ainda estão no processo de validação ou mesmo de penetração de mercado.

É importante entender que existe um tipo de investidor para a cada situação e necessidade da startup. Saber administrar suas necessidades com o que é ofertado dentro do mercado se torna essencial para adquirir o tipo de investimento que mais se adequa a sua startup.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

RELACIONADOS

Você também pode gostar

AGS

MATE Awards anuncia vencedores

Em sua primeira edição, na noite desta terça-feira, 28, a premiação reconheceu agentes do ecossistema de inovação do RS e abriu o calendário nacional desta