Ecossistema de startups: quem participa e como funciona

Juliana Bittencourt

Juliana Bittencourt

O ecossistema de startups é uma rede de pessoas, empresas e órgãos que compõem a economia criativa do país. 

Mais do que um mercado, é um sistema de relações e conexões que dá vida à inovação nos negócios, e está sempre em movimento.

Se você tem uma startup, investe em startups ou apoia esses negócios de qualquer maneira, faz parte desse grande sistema que vem revolucionando a economia. 

Neste artigo, você vai entender exatamente o que é o ecossistema de startups e quem participa dele.

Siga a leitura e entenda melhor esse universo disruptivo. 

O que é o ecossistema de startups?

O ecossistema de startups é toda a rede de empresas inovadoras, aceleradoras, incubadoras, hubs de inovação, comunidades e outras entidades que compõem a economia criativa no país. 

Basicamente, é o conjunto de organizações que apoia e dá visibilidade ao mercado de startups e scale-ups.

O termo “ecossistema” foi escolhido porque representa mais do que um cenário econômico: trata-se de um sistema formado por diversas interações entre organismos e elementos da natureza, como plantas, animais, ar, terra e água.

Trazendo para o contexto das startups, temos um ambiente empresarial complexo onde empreendedores, investidores e pesquisadores se relacionam, se apoiam e trocam experiências com um objetivo em comum: impulsionar o empreendedorismo inovador no país. 

Logo, o ecossistema é vivo e pulsante, e reúne os negócios mais disruptivos do mercado e seus apoiadores. 

Para ter uma visão prática do conceito, basta pensar no Vale do Silício da Califórnia (EUA), que ficou conhecido como o berço das startups no mundo todo. 

Em um mesmo cenário, você tem empresas de tecnologia, laboratórios, coworkings, fundos de venture capital, órgãos do governo, aceleradoras, incubadoras e outros atores se conectando em nome da inovação nos negócios. 

Quem participa do ecossistema de startups

Para entender melhor como funciona o ecossistema de startups, vamos conhecer os principais atores envolvidos.

Confira:

Startups e scale-ups

Para começar, as startups e scale-ups são as protagonistas do ecossistema. 

Uma startup é uma empresa inovadora com potencial de crescimento rápido que opera em um cenário de incertezas, começando do zero. 

Já a scale-up é a fase mais madura da startup, quando o produto ou serviço já está validado e o negócio está escalando rapidamente (crescendo de forma exponencial). 

Tanto as startups quanto as scale-ups são o motor da inovação na economia, pois trazem soluções inéditas ao mercado e uma nova forma de fazer negócios – muito mais ágil, criativa e rentável. 

Aceleradoras

As aceleradoras são entidades jurídicas com ou sem fins lucrativos que apoiam o desenvolvimento das startups e scale-ups.

Elas oferecem programas de aceleração que incluem mentoria com empreendedores experientes, infraestrutura, treinamentos, conexões com outros startupers e serviços de suporte.

Para participar dos programas, é preciso inscrever a startup nos editais e processos seletivos das aceleradoras. 

Geralmente, são escolhidas empresas que já validaram suas soluções e estão em fase de crescimento. 

Incubadoras

As incubadoras são instituições que ajudam empreendedores a transformar boas ideias em negócios sustentáveis. 

Elas atendem startups que estão começando do zero, e geralmente são focadas em determinados segmentos de acordo com o interesse regional e incentivos governamentais.

Ao contrário das aceleradoras, possuem um método de desenvolvimento mais formal e um processo um pouco mais burocrático, nos moldes de consultoria.

Costumam oferecer uma boa infraestrutura com espaço para reuniões, laboratórios para pesquisa, suporte à gestão e consultores especializados. 

Investidores e fundos de investimento

Os investidores e fundos de investimento (venture capital e private equity) são as principais fontes de recursos do ecossistema de startups.

Cada vez mais, há interesse do mercado financeiro no investimento em empresas inovadoras, pois há um excelente potencial de retorno em médio e longo prazo. 

Para você ter uma ideia, as startups captaram R$ 23,6 bilhões em 2020 por meio de investimentos de venture capital e private equity, segundo dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), publicados em 2021 na InfoMoney. 

Hubs de inovação

Os hubs de inovação são espaços físicos ou virtuais que oferecem toda a infraestrutura para que as startups coloquem suas ideias em prática.

Eles funcionam como marketplaces (ou simplesmente shopping centers) que reúnem várias startups de segmentos diferentes em um mesmo lugar, com o objetivo de promover a conexão entre empreendedores e o acesso a clientes e parceiros. 

Muitas startups participam desses hubs para ganhar exposição no mercado e encontrar parceiros em potencial, além de aproveitar os eventos organizados.

Unicórnios

Os famosos unicórnios são startups que alcançaram o valor de mercado de R$ 1 bilhão. 

Elas servem de referência para os empreendedores que buscam o sonho de escalar suas startups e fazer seu IPO (Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial). 

Atualmente, o Brasil tem 11 unicórnios: 99, Nubank, Movile, Gympass, Loggi, Quinto Andar, Ebanx, Wildlife, Loft, VTEX e Creditas.

Coworkings

Os coworkings são espaços de trabalho compartilhados típicos do ecossistema de startups.

Basicamente, as empresas alugam pequenos espaços com estações de trabalho e salas de reunião, dividindo o local com outras startups e usufruindo dos serviços – mais uma oportunidade de conexão. 

Eles perderam força com a necessidade de distanciamento social, mas devem voltar a figurar no cenário das empresas inovadoras no pós-pandemia. 

Comunidades

As comunidades são grupos de startups de uma mesma região ou segmento que se unem para fortalecer seus negócios.

De acordo com o estudo Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups, publicado em 2017 pela ABStartups em parceria com a Accenture, existem 10 grandes comunidades no país. 

Mídia especializada

Por fim, a mídia especializada em divulgar startups também é parte importante desse ecossistema. 

Graças à imprensa, cada vez mais pessoas descobrem o universo das startups e se juntam ao mercado como empreendedores ou investidores.

Como esse ecossistema se desenvolve

O ecossistema de startups brasileiro vem crescendo cada vez mais e movimentando bilhões na economia.

Hoje, já existem quase 14 mil startups mapeadas pelo Startup Base e 78 comunidades espalhadas por 689 cidades do Brasil.

Para 2021, a expectativa é que as startups cresçam 10% mesmo em um cenário de crise, segundo dados da Inside Venture Capital Brasil, publicados no Terra.  

O segredo da evolução do ecossistema está justamente na inovação, que considera as mudanças no mercado e traz novas soluções para movimentar a economia. 

Além disso, surgem cada vez mais parceiros e empresas especializadas em apoiar o crescimento das startups. Conte sempre com a assessoria de profissionais experientes e especialistas em negócios como o seu.

A Comece Com o Pé Direito, por exemplo, faz contabilidade, consultoria fiscal, financeira e trabalhista, especializada no universo das startups e scale-ups.

A empresa faz parte da nova geração dos serviços contábeis, que usa a tecnologia para se conectar com seus clientes e fala a língua do empreendedor criativo. Entre os serviços oferecidos, estão a contabilidade consultiva, BPO Financeiro, Business Intelligence e terceirização do Departamento Pessoal – tudo adaptado ao ritmo e orçamento das startups. 

Gostou de conhecer melhor o ecossistema de startups do país?

Então, continue acompanhando nossos conteúdos e aproveite para conhecer o trabalho da Comece Com o Pé Direito

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